quarta-feira, 29 de abril de 2009

VIOLÊNCIA NAS ESCOLAS

Qualquer análise que se faça do porquê de crianças e jovens violentos na escola passa pela necessidade de se localizar esta escola no tempo e no espaço.

A escola é uma representação da sociedade na qual está inserida, seus alunos refletem o econômico, o social e cultural de uma época. Eles não vieram do nada, eles são frutos de famílias inseridas na comunidade escolar.

Pode-se condenar a violência que muitos deles espelham, mas jamais julgá-los e muito menos condená-los. São crianças e jovens muitas vezes sem sonhos porque não conhecem outro sonho além do consumo.
Pode-se dizê-los criação das mídias que os envolvem, sem a orientação amorosa que induz o sonho do SER e não do simplesmente TER.
Por este lado, condená-los é condenar também a escola que, por vários motivos, não consegue fazer o papel da família ausente.
A sensação que se tem é de impotência, dor e medo.
A família mudou, a clientela mudou, a sociedade percebe e aceita; a escola continua, com algumas pequenas atualizações mas, ainda nos moldes do século passado.
Não se tem solução, nem fácil e nem difícil, não vale simplesmente reprimir ou condenar, nem a escola nem o jovem, mas vale sempre a esperança, o amor, a tolerância e a paciência que não se representa por palavras, mas por atos e sentimentos.
Amor e tolerância pelas pessoas, crianças, jovens ou adultos, por suas idiossincrasias, por suas contradições, mas nunca pela violência!
Professora Vanda
HORÁRIO DE ATIVIDADE
No horário de Atividade do dia 28/04/2009 assistimos a um documentário da TV ESCOLA - Violência nas Escolas (http://www.youtube.com/watch?v=QZbZtI5AzYQ&feature=related).
Após o documentário houve um debate sobre a nossa escola. Discutiu-se o papel do professor como mediador de relações e cidadão de uma sociedade que está apreensiva com tanta violência. Discutiu-se também a importância que é dada, muitas vezes, ao cumprimento dos conteúdos e o papel do professor.
Como abordar os conteúdos quando não há nenhum interesse dos alunos por ele.
Concluiu-se que há uma grande necessidade de se reformular toda a estrutura escolar.
Professora R.T. P.


Violência na Escola

Anexamos vídeo analisado durante a reunião de atividade dos professores do Colégio Ancyra em 28/04/2009.



Com este vídeo esperamos a participação de todos neste assunto que afeta grande parte dos colégios brasileiros.



Escreva, conte sua experiência para que juntas possamos vislumbrar novas saídas e oportunidades de ação.



Abraços






segunda-feira, 27 de abril de 2009

PESQUISA NA ESCOLA



Pesquisa na escola: da informação ao conhecimento
Heloisa Amaral


Segundo o dicionário Houaiss, a palavra "pesquisa" originou-se da palavra latina perquirère, que quer dizer buscar com cuidado, procurar por toda parte; informar-se, inquirir, perguntar; indagar profundamente, aprofundar. Para nossa reflexão, podemos completar dizendo que a atividade de pesquisar pode ser compreendida como a busca de informações para a construção e re-construção coletiva e individual dos conhecimentos, sejam aqueles conhecimentos mais próximos e imediatos, sejam aqueles mais amplos e gerais, ou ainda aqueles obtidos pela pesquisa científica em qualquer área do conhecimento.

Estamos afirmando, então, que o conhecimento não é uma invenção singular que a mente de cada indivíduo produz, mas uma re-construção pessoal do que a humanidade já sabe. Algumas vezes, pode até significar um salto para esse conhecimento universal, porém, na maior parte delas, significa um salto no crescimento da consciência do indivíduo. É esse crescimento da consciência individual o objetivo mais próximo das pesquisas escolares.

Diante desse objetivo, é preciso estabelecer que, para pesquisar, os alunos não podem apenas direcionar a busca para o pensamento alheio que será recolhido. Eles precisam elaborar e organizar as informações que pesquisam na escola para (num processo de síntese pessoal e partilha do que apreenderam), apropriar-se realmente delas, transformando-as em conhecimento. É o que podemos chamar de processo de compreensão ativa e responsiva: ativa porque ao ler, os alunos tomam iniciativas para a compreensão efetiva do que leem; responsiva, porque contém respostas a questões dele mesmo, que é quem busca, mas porque também supõe respostas dele, o buscador, ao texto que lhe traz respostas. Em suma, supõe múltiplos diálogos de quem aprende com o conhecimento buscado.


Até aqui, nada é novidade, os professores sabemos disso. Mas também sabemos que esse caminho não é apropriado pelos alunos com facilidade.


Se na pesquisa escolar nos frustramos com os resultados muitas vezes, também sabemos que crianças e jovens demonstram continuamente o crescimento de sua inteligência ao enfrentar desafios do cotidiano e possuem capacidade de aprender rápida e eficientemente o que as interessa. É só observá-las, por exemplo, quando tentam descobrir como funciona um novo aparelho que desejam utilizar. Nesses momentos, crianças e adolescentes procedem de modo autônomo, independente, desenvolvendo estratégias eficazes de busca para obter o conhecimento que desejam ter.


Ao procederem dessa forma, desenvolvem capacidades que se assemelham, de alguma forma, àquelas usadas por pesquisadores. Essas capacidades foram mobilizadas porque eles tinham um problema concreto, cuja solução lhes interessava: desejavam usar o aparelho, precisavam compreender como ele funciona e, para chegar onde queriam, levantaram várias questões sobre diferentes possibilidades de fazer o aparelho funcionar e experimentaram suas hipóteses sem se sentirem bloqueadas pelo medo de errar. Para descobrirem essas respostas, usaram alguns procedimentos práticos, como ligar e desligar o aparelho várias vezes, por exemplo. Os procedimentos que eles fazem (e que nós também fazemos, ou poderíamos fazer) para responder às questões que aparecem quando nos deparamos com novas situações cotidianas, costumam ser eficientes. Não que esses procedimentos possam ser classificados como procedimentos científicos ou mesmo escolares de pesquisa, mas as questões que deram origem a eles podem ser aproximadas das questões que mobilizam pesquisadores.


É aqui que precisamos fazer uma primeira parada em nossa reflexão: o primeiro passo é mobilizar as capacidades de busca. A mobilização depende do desejo de encontrar respostas para um problema, ou seja, o problema tem que ser próximo do universo dos alunos e interessá-los. Suponha que, em seu planejamento, existam temas sociais a serem aprendidos. Você deseja que os alunos saibam mais sobre questões sociais porque sabe que a consciência dessas questões pode melhorar a qualidade de vida da humanidade. Em vez de partir do alto, de temas amplos ou conceitos difíceis de serem entendidos, pode começar a refletir com eles sobre um problema próximo. Pode, por exemplo, propor que saibam mais sobre gravidez na adolescência e suas consequências. Se desejar que fique ainda mais próximo, procure circunscrever ainda mais esse tema: que saibam sobre a gravidez na adolescência no lugar onde vivem. Depois desse passo, você pode questionar aspectos mais amplos do desenvolvimento populacional do Brasil.
Provavelmente, o interesse será maior dessa maneira do que se o professor tivesse ido do amplo para o particular, o próximo. Partindo do que lhes é próximo, terão motivos para ler os textos necessários para se informar sobre o assunto, selecionar informações a partir de questões objetivas sobre o tema, sintetizar essas informações e discuti-las. Dessa maneira, estarão aplicando “ferramentas” já desenvolvidas em sua vida não escolar para construírem instrumentos de pesquisa e desenvolverem procedimentos de busca e seleção de informações de modo independente.


Para finalizar este texto, podemos refletir sobre uma idéia que João Wanderlei Geraldi coloca em seu livro Portos de Passagem:


“No processo de compreensão ativa e responsiva, a presença da fala do outro deflagra uma espécie de "inevitabilidade de busca de sentido": esta busca, por seu turno, deflagra que quem compreende se oriente para a enunciação do outro.”


Compreensão, para ele, é o encontro de sentido no que se lê e no que se ouve. Se eu não procurar sentido no que ouço ou leio, agirei como um robô quando estou ouvindo ou lendo; se eu procurar sentido, agirei de modo responsável, isto é, poderei assumir responsabilidade pessoal pelo que ouço ou leio e também falar com responsabilidade para os que me ouvem e lêem o que eu escrevo. Poderei responder verdadeiramente quando dialogo com pessoas no cotidiano, ou quando dialogo com os textos que leio. Essa atitude responsiva é fundamental para a superação da produção de textos/colagens de trechos de diversos outros textos lidos (e muitas vezes mal compreendidos).


Para chegar a esses resultados, em primeiro lugar, precisamos ajudar nossos alunos a preparar pequenos projetos de pesquisa, a partir de situações reais e próximas que despertem sua curiosidade; em segundo lugar, precisamos orientá-los para que escrevam os resultados de pesquisa sabendo sobre o que escreverão, com que finalidade, que tipo de leitores terão e onde publicarão seus textos. Precisamos, ainda, proporcionar condições facilitadoras da reflexão sobre seu texto, ajudando-os a verificar se ele expressa com clareza o que se quer dizer, se causará impacto no leitor, se vai convencer o interlocutor de que o ponto de vista sobre a pesquisa é relevante, se as reflexões feitas ou as explicações construídas são envolventes e agradáveis.





Referências:
GERALDI, J. W. Portos de Passagem. Ed. Martins Fontes, 1991.

BAGNO, M. Pesquisa na escola – o que é, como se faz. Ed. Loyola, 1998.



Disponível em http://escrevendo.cenpec.org.br/ecf/index.php?option=com_content&task=view&id=987&utm_source=Boletim&utm_medium=Boletim&utm_campaign=Boletim

quinta-feira, 16 de abril de 2009

CONVITE CULTURAL







CONVITE CULTURAL

COLÉGIO ESTADUAL LUIZ REID - AUDITÓRIO

DIA 18/04/2009 - 8 HORAS

FILME: PROMESSAS DE UM NOVO MUNDO

Após o filme haverá um debate com Rafael Nunes

(membro do comitê de solidariedade aos povos

palestinos) sobre o conflito entre Israel e Palestina.

ENTRADA FRANCA

sábado, 4 de abril de 2009

HORA DA LEITURA - PARTE I




DIALOGAR COM O TEXTO



Lendo obtemos informações pela aparência, tamanho do texto, da revista ou do livro, a existência ou não de imagens, fotos ou ilustrações, percebemos a beleza ou feiura da obra, seja ela no papel ou na tela. Sem falar, é claro, no título, no autor e no que já conhecemos sobre o assunto. É no primeiro contato que o leitor imagina o conteúdo, deseja continuar ou abandonar o texto.

LENDAS


A Lenda do Saci data do fim do século XVIII. Durante a escravidão, as amas-secas e os caboclos-velhos assustavam as crianças com os relatos das travessuras dele. Seu nome no Brasil é de origem Tupi Guarani. Em muitas regiões do Brasil, o Saci é considerado um ser brincalhão enquanto que em outros lugares ele é visto como um ser maligno. xxxxÉ uma criança, um negrinho de uma perna só que fuma um cachimbo e usa na cabeça uma carapuça vermelha, que lhe dá poderes mágicos, como o de desaparecer e aparecer onde quiser. Existem 3 tipos de Sacis: O Pererê, que é pretinho, O Trique, moreno e brincalhão e o Saçurá, que tem olhos vermelhos. xxxxEle também se transforma numa ave chamada Mati-taperê, ou Sem-fim, ou Peitica como é conhecida no Nordeste, cujo canto melancólico, ecoa em todas as direções, não permitindo sua localização. xxxxA superstição popular faz dessa ave uma espécie de demônio, que pratica malefícios pelas estradas, enganando os viajantes com os timbres dispersos do seu canto, e fazendo-os perder o rumo.
A Cabra Cabriola, era uma espécie de Cabra, meio bicho, meio monstro. Sua lenda em Pernambuco, é do fim do século XIX e início do seculo XX. Era uma Bicho que deixava qualquer menino arrepiado só de ouvir falar. Soltava fogo e fumaça pelos olhos, nariz e boca. Atacava quem andasse pelas ruas desertas às sextas a noite. Mas, o pior era que a Cabriola entrava nas casas, pelo telhado ou porta, à procura de meninos malcriados e travessos, e cantava mais ou menos assim, quando ia chegando: Eu sou a Cabra Cabriola Que como meninos aos pares Também comerei a vós uns carochinhos de nada... As crianças não podiam sair de perto das mães, ao escutarem qualquer ruído estranho perto da casa. Podia ser qualquer outro bicho, ou então a Cabriola, assim era bom não arriscar. Astuta como uma Raposa e fétida como um bode, assim era ela. Em casa de menino obediente, bom para a mãe, que não mijasse na cama e não fosse traquino, a Cabra Cabriola, não passava nem perto. Quando no silêncio da noite, alguma criança chorava, diziam que a Cabriola estava devorando algum malcriado.


FÁBULAS



Fábula (lat. fari = falar e gr. phaó = dizer, contar algo) é a narrativa (de natureza simbólica) de uma situação vivida por animais, que alude a uma situação humana e tem por objetivo transmitir certa moralidade. A julgar pelo que a História registra, foi a primeira espécie narrativa a aparecer. A questão sobre qual país originou a fábula é discutível. Na literatura especializada são citados com freqüência a Índia, a Grécia, também o Egito e a Babilônia. Contudo, investigações sobre a ‘gênese da fábula' conduzem à aceitação de que a fábula tenha surgido como forma natural de realização intelectual em diferentes regiões independentes entre si.



A GALINHA E OS OVOS DE OURO


Um camponês e sua esposa possuíam uma galinha, que punha todo dia um ovo de ouro. Supondo que devia haver uma grande quantidade de ouro em seu interior, eles a mataram para que pudessem pegar tudo. Então para surpresa deles viram que a galinha em nada era diferente das outras galinhas. O casal de tolos, desse modo, desejando ficarem ricos de uma só vez, perderam o ganho diário que tinham assegurado.


CONTINUA.........................













sexta-feira, 3 de abril de 2009

HORA DA LEITURA - PARTE II

FÁBULAS
A cigarra e a Formiga



Estava a cigarra, saltitante, a cantarolar pelos campos, quando encontrou uma formiga que passava carregando um imenso grão de trigo.
"Deixe essa trabalheira de lado" - disse a cigarra - "e venha aproveitar este dia ensolarado de verão".
"Não posso. Preciso juntar provimentos para o Inverno" - disse a formiga - "e recomendo que você faça o mesmo".
"Eu, me preocupar com o inverno?" - perguntou a cigarra? "Temos comida de sobra por enquanto".
Mas a formiga não se deixou levar pela conversa da cigarra e continuou o seu trabalho.
Quando o inverno chegou, a cigarra não tinha o que comer, enquanto as formigas contavam com o suprimento de alimentos que haviam guardado.
Morrendo de fome, a cigarra teve de bater à porta do formigueiro onde foi acolhida pelas formigas, e assim aprendeu sua lição.




Vamos continuar lendo?
Língua Portuguesa na Laboratório de Informática

A função da escola é criar ambientes que deem condições de ler, tentar despertar os jovens para as potencialidades da escrita, prepará-los para as competências leitoras, enfim, providenciar para que seja constituída a trama que sustenta o ato de ler.

Este trabalho, composto de três aulas, com alunos do sétimo ano de escolaridade, objetivou desenvolver o gosto pela leitura na internet, dos gêneros contos de fadas, fábulas e lendas.

Alunos vocês estão de parabéns!

quinta-feira, 2 de abril de 2009

1ª REUNIÃO PEDAGÓGICA DE 2009

O Colégio Municipal Ancyra Gonçalves Pimentel, Macaé-RJ, entende que a Informática está entrando no dia-a-dia da Educação pela necessidade de se vencer as fronteiras do ensino convencional.


Com um laboratório bem equipado por uma parceria de sucesso: Secretaria de Educação a Distância (SEED), Secretaria de Educação do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria Municipal de Educação de Macaé, objetiva uma renovação na maneira de trabalhar os conteúdos programáticos, possibilitando ao aluno eficiência na construção do conhecimento, convertendo a aula num espaço real de interação, pesquisa e troca de resultados.


Disponibilizando 14 computadores, ligados à Internet via Banda Larga, está levando professores e alunos a uma contextualização do futuro acontecendo hoje, com um novo paradigma educacional que possibilita ao aluno a construção do seu conhecimento de maneira rica em recursos e bem orientados por professores atualizados, que não se veem como mero transmissores de conhecimento, mas sim guias, mediadores, parceiros do aluno na aprendizagem, buscando informações sempre novas e interpretando-as de forma crítica e saudável.

Hoje importa o saber aprender, o aprender junto, abrindo caminhos para um novo referencial de aprendizagem, uma nova forma de pensar, renovando sempre o já aprendido.

No dia 16 de março de 2009 o Colégio Ancyra realizou sua primeira Reunião Pedagógica de 2009 no Laboratório de Informática, onde seu corpo docente exercitou novos parâmetros de aulas, novas formas de ensinar num ambiente cheio de alegria e esperança